28 dezembro, 2010

Reviver

Preciso me apaixonar
Me iludir
Deixar levar
Cometer loucuras
Coisas que talvez não tivesse coragem de fazer
Ser bobo
Anda pela rua cantarolando
Assoviando aquela nossa canção
Ir dormir pensando
Sonhar
Acordar imaginando como será
Realizar
Sair mais cedo para te ver
Deixar de fazer algo importante por sua causa
Brigar, ficar sem nos falar
Reatar, fazer as pazes
Te amar
Ter alguém para pensar enquanto não penso em nada
Fechar os olhos e ver o seu rosto
Comprar qualquer besteira para te ver sorrir
Te fazer rir
Me fazer feliz
Precisava sentir tudo isso novamente
Por onde eu começo?

Mudar

Preciso rever conceitos
Preciso rever minha vida
Olhar para trás e ver o que deu errado
Aprender com esses erros e quem sabe...
Quem sabe tentar consertar o amanhã
Meu passado eu sei que já perdi
Preciso de um exercício muito grande
E novo
Gostar mais de mim
Dar-me mais atenção
Tentar ser o que eu quero
Esquecer um pouco os outros
Tentar ser eu mesmo
Mesmo que isso desagrade muitos
Nunca pensei que fosse dizer isso,
Mas chega um momento na vida em que precisamos crescer
Deixar o menino de lado e tomar certas decisões
No meu caso, sou eu quem está em jogo
Minha vida
Felicidade
Família
Saúde
Já não tenho mais 12 anos
Bem que gostaria de ter, mas não posso voltar no passado
Talvez amanhã eu acorde e nem ligue para isso tudo
Ou não
Acorde e decida mudar
Para o bem de todos
Já perdi tantas coisas que amava
Endureci
Vivo recluso
Fechado a novas possibilidades
Sou bom nisso, reconheço
Mas preciso ser melhor que eu mesmo
Já tentei mudar por você
Está na hora de fazer isso por mim mesmo
Chega de ser uma farsa.

23 dezembro, 2010

Acaso

Já se apaixonou?
Talvez não assim
Não ao primeiro olhar
A primeira vista
Talvez o meu sentimento estivesse escondido
Talvez o seu também
Difícil é revelar
Contar para os outros
Nunca liguei para a opinião deles
Mas passou a ter certa importância
Não apenas para eles
Para mim
Para você
Você não é feliz sozinha
E eu, sou?
O mais difícil eu já consegui
Foi te encontrar
Engano meu, isso é o acaso quem faz
O mais difícil vem agora, fazer você ser minha.

14 dezembro, 2010

Uma vontade

Teu sorriso me intriga
Parece dizer: decifra-me
Sabes brincar com ele
E eu fico todo bobo ao vê-lo só para mim
De tão belo parece me guiar
Perfeito
Seus olhos escondem mistérios
Diversas vezes nada precisa dizer
Seus olhos o fazem
São como faróis que me mostram a direção
O caminho a trilhar
Sempre que me perco me fazem voltar para casa
E quando olham assustados, surpreendidos com algo que disse
Arregalam-se por instantes
Parece querer me chamar de louco
Formam uma dupla e tanto com seu sorriso
Que se abre logo após um ou dois gracejos
Sua boca é também maravilhosa
Quantas as vezes em que me distrai
E ao invés de ouvir passei apenas a observar
A olhar cada movimento
E que vontade de beijá-la.

13 dezembro, 2010

Segue

Eu tentei falar
Você não quis me ouvir
Agora é tarde
Tarde para começar
Recomeçar o que nem aconteceu
Não há lamentos
Nem tristezas
Talvez uma pequena mágoa
Muito singela, tímida e escondida
Não será notada
Esquecida também não
Nada nos impedirá de tentar
Mas quando um não quer dois não fazem
Sua vez passou
A minha também
A nossa nem existiu
Culpa minha, culpa sua
Dessa vez estamos juntos
Culpa nossa
Fica para a próxima
Fim de mais um sonho de amor
E como dizem por aí:
“Segue sua vida que eu... vou seguir a minha
Ninguém me segura que eu... vou perder a linha
Segue sua vida que eu vou cantar, pra esquecer que esse amor doeu”.

02 dezembro, 2010

Medo

Olhar e ver que nosso destino está bem ali
Poder escolher e não fazer
Deixar passar
Preferir viver com a incerteza que com um não
Com a dor de ter refugado que a de ter sido negado
É olhar para você e nada fazer
É vê-la olhando para mim e nada tentar
Saber que sim e mesmo assim não fazer
Não fazer o que se deve ser feito
Dar o primeiro passo
Buscar a felicidade
E deixá-la escapar por entre os dedos
Mais uma vez
E saber que outras oportunidades virão
E que novamente nada fará
Covarde
Fraco
Medroso
Poltrão
É mentir para si mesmo
Dizer que desta vez irá tentar
Dormir fazendo planos
Decorar palavras
Frases feitas para não ter como errar
E na hora H esquecer de tudo
Deixar o sentimento da dúvida tomar conta
Se esconder por detrás de um sentimento
É perder
Perder sabendo como vencer
É poder virar o jogo e se manter inerte
Fingir que nada acontece
É isso
Me dá vergonha
Vergonha de mim
O primeiro passo é sempre o mais difícil
A iniciativa
O querer
O se esconder
O deixar
O sofrer calado
E perder mais uma chance de te amar.

01 dezembro, 2010

O espírito (de porco) do Natal

Dezembro. Sem duvidas o mês mais importante do ano. Se não o mais importante, o mais esperado com toda a certeza.

Época de férias da criançada nas escolas é também o mês do 13º salário, que sempre chega para dar aquela ajudinha no orçamento do final de ano, que está quase no vermelho. Transição entre a Primavera e o Verão, um mês de decisões nos campeonatos, principalmente no Brasileirão. Parabéns aos flamenguistas que depois de 17 anos conquistaram seu 5º titulo nacional.
Mês em que as pessoas se tornam mais fraternas, mais amáveis. Abraços de despedida são muitos. O famoso “até o ano que vem”. Cidade tranquila, menos carros nas ruas. Menos trânsito, menos stress. Tudo parece mudar. A cidade enfeitada, iluminada, muito mais bonita e até limpa, nos faz um convite para conhecê-la melhor e admirá-la.

Sem hesitar posso dizer: É a melhor época do ano.

Mas por que só em dezembro? Qual o problema com os outros onze meses do ano? Janeiro e seus IPVAs e IPTUs. Fevereiro do Carnaval. Qual o problema com eles também? São menos alegres? Menos importantes? Junho e Julho das Copas do Mundo, das férias. Novembro dos três feriados.
É o Espírito do Natal. Pronto, tudo explicado.

Não. Nada disso. Se a explicação é religiosa, se fazemos do dia 25 de Dezembro a data mais importante do ano apenas por que supostamente Jesus tenha nascido neste dia, então estamos ainda mais errados. Pois até onde eu sei, a data mais importante da Igreja é a Páscoa, a sua ressurreição. Sendo assim, por que não Abril é o mês mais importante do calendário?

O Natal deixou há anos de ser como diz a música, a festa cristã e se tornou a farra do comércio.

Por que raios eu só posso comer Panetone em dezembro? Onde está escrito que eu tenho que comer um peru na ceia natalina? Qual o problema com o bom e velho churrasco? Seria uma blasfêmia convidar os amigos para um “Churras de Natal”?

Por que aquele cara que mora ao lado da minha casa, também conhecido como vizinho, que passa 364 dias se falar com você, no máximo para xingar seu cachorro que novamente defecou na porta da garagem dele, por que esse infeliz tem que me cumprimentar no Natal se fazendo de meu grande amigo? Falso!

O Natal deixou de ser uma data religiosa, isso é fato. Passou a ser uma data comercial. Segundo muitos, é a data do ano que mais movimenta o mercado. O espírito do natal se foi, ficou o espírito capitalista, o espírito mercadológico. Até Papai Noel que era uma grata fantasia se vendeu, é o símbolo máximo do capitalismo natalino, substituindo a imagem do menino Jesus em muitos lugares. Uma lástima.

Afinal, qual a simbologia do Natal?

29 novembro, 2010

Disfarce

Sou eu, apenas
Não existe outro
Ninguém
Eu
Assim como é você
Ninguém pode mudar
Como queria contar pra todo mundo
Gritar para os quatro cantos do mundo que sou eu, que é você
Que somos nós
Falar do nosso...
Nosso segredo?
Queria poder te olhar nos olhos
Olhar para você sem ter que me preocupar com os outros
Sem ter que disfarçar e fingir que não é com você
Suprimir meus pensamentos, calar meus desejos
Impor limites a minha imaginação
Deixar de te querer nos momentos mais difíceis, aqueles que estou com você
Tratá-la com indiferença quando na verdade queria estar ao teu lado
Fazer o sim virar não e o gostar...
Bem, este eu não consigo explicar como disfarço, se é que o faço
Deve ser coisa de momento
Aos pouco começo a tirar essa máscara, este disfarce que visto toda vez que te vejo
Mas tem que ser aos poucos
É claro que gostaria de ter feito há tempos
Mas tenho muito a perder
Mais a perder que a ganhar
Sim, pesei todas as possibilidades e riscos
Ainda não vale a pena
Eu espero. Te espero
Resta saber o contrário.

24 novembro, 2010

Nós

Surpreso em me ver?
A minha também não foi pouca quando me vi chegando aqui
Sei que me disse para nunca mais
Que errei e continuo errado
Mas não sei como cheguei aqui
Fechei meus olhos
Aqui estou
Não vim à desculpas
Tampouco para discussões
Nem sei o que faço aqui depois de tudo
Talvez tenha me habituado a correr para cá todas às vezes que queria fugir do mundo
Das loucuras do cotidiano
E da insanidade que me faz vivo
Meu porto seguro
Quebrei a confiança
Joguei fora todas as chances
Nem eu mesmo sei de mim
Sabes mais sobre mim que eu mesmo
Eu que pouco sei o que fui, o que sou, quem serei
Ou o que quero
E agora o que faço?
Pergunto a mim mesmo
Não quero entrar
Seria inútil tentar
E recomeçar
De novo
E outra vez
Novamente
O que se perdeu, o que me perdeu, o que perdi
Me perdi
Talvez tenha que me entender
Esquecer. Deixar de depender tanto de você
Conversar um pouco mais
Comigo?
Com nós
Eu, eu mesmo e eu.

21 novembro, 2010

Escolhas

Um romance que nem começou
E se acabou
Quando me queria não te quis
Quando resolvi correr atrás do prejuízo me parecia tarde e não fui
Achava que não tinha esse direito
Era meio que brincar com seus sentimentos
Te fiz me esquecer para depois tentar ficar com você?
Não podia, não era certo
Bom, agora é tarde para me arrepender
Esse foi meu erro
Não tentar
Não me arriscar
Nem ao mesmo te procurei
Talvez tivesse medo da sua resposta, da sua reação
Não sei se é isso
Eu não me achava no direito de fazer isso com você
Aí comecei a te evitar.
Quando te via até rolava um sentimento, mas eu me lembrava daquilo tudo.
Iria me sentir um sacana, um cafajeste, sei lá...
Aí quem tinha que esquecer era eu.
Te evitei tanto que acabei te perdendo
Perdendo o contato, e talvez até uma grande amiga
Sei que nunca é tarde
Mas o que fazer?
Pedir para um dia, quem sabe, nos encontrarmos
Saber o que de fato ainda sentimos um pelo outro
Ou pelo menos uma boa conversa para se lembrar das coisas do passado
Boa escolha?

20 novembro, 2010

Uma noite

Se bem me lembro era véspera de Natal
Devíamos ter 16 ou 17 anos
Talvez o auge da adolescência
Recordo que já havia estado em casa outras vezes
Que havíamos conversados por horas
Vários dias
Mas aquela noite parecia diferente
Você, mais do que nunca, estava decidida
E convicta do que queria
E veio buscar
Já era tarde, passava-se das 23 horas
Já não esperava mais ninguém
Minha mãe já estava por colocar a mesa
Iríamos jantar
Mais que subitamente a companhia tocou
Juro que já não esperava
Surpreso fiquei quando a observei em meu portão
Minto, não era você
Era sua amiga, que me pedia para descer
Queria me dizer algo
E lá fui eu
E qual surpresa a minha ao te encontrar
Devo ter te chamado de louca
De fato era uma maluquice
Adorável, é verdade
E inesquecível até
Conversamos por poucos minutos
Apenas na hora da despedida descobri o que de fato a motivou estar ali naquele momento e naquela hora
Um beijo, apenas isto
Que me roubara, e até hoje não me devolveu.

16 novembro, 2010

Telefonema

Na mão um pedaço de papel
Nele o seu nome e logo abaixo oito números
Seu telefone
Olho para o celular, ele está assustador
Parece que se tocá-lo irá devorar minha mão
Tento uma, duas, três vezes
Enfim tomo coragem e seguro o aparelho
Olho mais uma vez para o papel
É tão simples, apenas discar
Mas não é tão fácil como parece
Disco o primeiro número, o segundo
O terceiro, e paro
Sequer consigo digitar o quarto número e desisto
O que está acontecendo comigo?
É só um telefonema
Deixo o celular e pego o telefone
Por mais de quatro vezes fiquei escutando o sinal de linha, até cair
Olhando para os números que parecem se misturar
Por que é tão difícil?
Minhas mãos já tremem, não sei por que
Consigo enfim discar os oitos dígitos
Ao primeiro toque desligo
Me sinto tão infantil com esta situação
Tão impotente
Beira o ridículo
Agora está mais fácil, o número já foi memorizado pelo aparelho
É só discar
Um toque, dois toques...
Três. Quatro
O quinto e... Alô?
Não era sua voz
Você já não estava mais em casa
Saíra há poucos minutos
E lá vou eu recomeçar este martírio de tentar te ligar novamente em outro momento
Era para ser tão simples.

13 novembro, 2010

O Passado - parte 4

E a cada dia que se vai aumenta o meu desejo, só penso em você. Eu quero sentir sua boca em mim e poder te abraçar um abraço sem fim, está mais que na cara que eu preciso de você. Afinal você foi embora com meu coração, e deixou no lugar um vazio, uma dúvida. E só de saber que vou ter outra noite, uma triste noite, a solidão me apavora.

Se fui o culpado me perdoa. Sei que os meus sentimentos não trarão você para mim, e só de pensar eu me arrependo, e assim eu não aguento.
O melhor lugar do mundo é onde nós nos sentimos bem, e eu me sinto bem ao seu lado.

11 novembro, 2010

O Passado - parte 3

Desta vez estou sendo sincero, como nunca tinha sido. Desta vez eu abri meu coração, para enfim dizer (quase) tudo o que estava guardado. Mas só te peço uma coisa desta vez: Me responda! Ou ao menos ligue para esclarecer de uma vez por todas esta situação.

Se tua vontade for a de sermos apenas bons amigos, assim será, seremos grandes amigos como sempre fomos, ou se rola algo de especial entre nós.
Se estiver em duvidas e não souber o que responder, diga que serremos apenas bons amigos, assim vai ser melhor para todos, principalmente para mim. Não agüento mais essa duvida, agora é sim ou não. Por favor.

09 novembro, 2010

O Passado - parte 2

Aquela noite de sábado, apesar de não me lembrar de muita coisa, de você eu me lembro muito bem. Lembro até que me roubou algo, e que eu quero de volta, afinal você roubou. E roubou sem saber que ele já era seu há muito tempo.

Sei que as diferenças entre nós são muito grandes, mas barreiras são para ser quebradas, e se um dia alguém disse que os opostos se atraem, é por que é verdade, afinal se com as pilhas e baterias funcionam, por que com nós não?

Sei que até hoje minhas pretensões foram vans, mas quem sabe não consigo, afinal água mole em pedra dura...

07 novembro, 2010

O Passado - parte 1

Eu queria te encontrar novamente, só para pode me desculpar com você. Das mancadas que dei, das besteiras que fiz e falei, das vergonhas que passei e te fiz passar. Queria olhar nos teus olhos, não para prometer ou jurar nada, mas apenas para ficar ali, parado, pensando como é bom ter você ao meu lado.

Da ultima vez que nos encontramos ficou uma impressão muito ruim sobre mim, e parece que depois daquele dia o seu conceito sobre mim mudou, por mais que você diga que não é difícil acreditar, parece que agora você foge de mim.

É medo do que? Medo de se aproximar de um cara como eu? Medo de se apaixonar e depois ser descartada? Não sei. Só sei que não é do meu caráter, nem do meu feitio, fazer isso com as pessoas, ainda menos com você.

06 novembro, 2010

Se...

Se me perguntarem por datas, não me lembro
Se quiserem mensurar a saudade, não sei o tamanho
Se tentar explicar os motivos, não saberei o porquê
Se te encontrasse ainda hoje não saberia o que dizer
Se ficar aqui esperando não vai acontecer
Se falares comigo, não terei o que explicar
Nunca é tarde, desde que se faça
Falo sempre o certo, mas nos momentos errados
Fazendo a coisa certa nas horas erradas
Com palavras erradas numa frase certa
Queria ser mais gentil, mas essa não é a palavra
Nem é de gentileza que estou falando
Talvez atenção. Zelo? Putz... Não sei mesmo
Esmero? Acho que por aí, ou não?
Preciso de um dicionário
Não encontro palavras para me expressar
Minhas frases feitas já não surtem o mesmo efeito
Todo meu vocabulário agora é tão escasso
Talvez minha omissão fale por mim
Não tenho mais nada a dizer
Talvez se... Talvez.

05 novembro, 2010

Devaneios

Afinal o que são os sonhos?
Sonhos não se realizam
Sonhar é falso, ilude
É tudo mentira
Não passam de uma fantasia
Mas são ótimos quando são com você
O chato mesmo é acordar
Olhar para o lado e não vê-la
Abraçá-la e acordar com o travesseiro nos braços
São devaneios
Minha mente tentando realizar meus desejos
Não que seja sempre bom
Mesmo por que quase nunca os entendo
Diversas foram às vezes que acordado sonhei
Mas com a desvantagem de não acordar
Uma ilusão momentânea não faz mal a ninguém
O problema é viver dentro dela.

28 outubro, 2010

Sonhei

Mais uma madruga acordado
Ainda espero por ti
Nesta noite o pouco que dormi
Sonhei com você
Sorrateiramente apareceu em minha frente
Sem ao menos dizer uma só palavra, pegou minha mão
Já em meus braços beijou-me
Todo aquele sentimento adormecido
Fez despertar
Sequer podia acreditar
Delirava
Quando pude ouvir você balbuciar
Amor, que saudade
Ao te abraçar já nada pude sentir
Você já era apenas um vulto
Que da minha noite desapareceu
Na minha solidão noturna nada mais resta
Recosto sobre o travesseiro e passo a imaginar
Como é maravilhoso sonhar com você
Mas como é triste acordar
E não mais te ter.

22 outubro, 2010

Apaixonado

Como eu gostaria de ir embora
Posso?
Se disser que sim, e até mesmo que me mande
Eu não vou
É o que devo fazer
E até posso, mas não quero
Demorei tanto para estar aqui
Só eu sei o quanto foi difícil
Quantas noites em claro
Quantos dias sonolentos
Cada hora que esperei, cada minuto que contei
E para que?
Deixá-la?
Não. Não agora
Pelo menos não neste momento
Me deixa ficar mais um pouquinho
Te sentir em meus braços
Ter você só para mim
Estamos sozinhos, para que pressa?
Esqueça o mundo lá fora
Os afazeres, os deveres
O habito
Agora somos sós. Eu e você
O que mais importa se não o agora?
Não me deixe sozinho nem mesmo um pouco
Quando estamos juntos hora vira minuto
Longe, minutos duram horas
Será que estou me apaixonando?

18 outubro, 2010

Eu e você

Combinamos tão bem
Chega a me impressionar o quanto fomos feitos um para o outro
Aquela história de que os opostos se atraem é mais do que verdadeira
Quer mais do que nós?
Somos completamente diferentes
Agimos, pensamos, fazemos
Cada um tem o seu jeito de ser
De realizar
Para ser feliz eu só preciso de você
Para isto basta eu te merecer
Tenho apenas que deixar acontecer
E se um dia eu chorar vai ser de saudade
Se ela me incomodar eu vou te ligar
Mesmo que as 4 ou 5 da manhã
O seu telefone vai tocar e você vai saber o quanto sou louco por você

14 outubro, 2010

Nunca mais

Prefiro não te ver nunca mais
Do que cruzar com você pela rua e sentir tudo aquilo de novo
Fazer despertar um sentimento que com tanta dificuldade fiz adormecer
Se eu pudesse mudava de cidade
Mudava de estado
De País
Mas de adiantaria se você vive dentro de mim?
Para qualquer lugar que eu vá
Te levarei comigo
Um sentimento que tento cessar
Por diversas vezes consigo
Foi-se o tempo em que dormia para te esquecer e acordava pensando em ti
Aprendi que tentar esquecer só me faz pensar
Que o melhor a se fazer é deixa rolar
Mas toda vez que alcanço este estado de espírito
Que consigo tirar você das minhas rotinas
Você me aparece
Tão de repente
Do nada
Pura obra do acaso
Maroto que só ele
Para me perturbar
É bom saber que continua bela
Tão linda quanto da ultima vez que nos encontramos
O tempo parece passar só para mim
Se soubesses o mal que me faz nunca mais olharia na minha cara
Toda vez que, mesmo que sem querer, cruzasse meu caminho iria desviar
Não é o te encontrar que me revolta
É não saber quando isso vai acontecer novamente.

11 outubro, 2010

Em cada copo

Qual a real possibilidade de te encontrar?
Busco-te pelas madrugadas na esperança de cruzar com você
Será que consigo?
Não acredito
E nesta mesa, ao lado da minha companheira solidão
Afogo em cada copo as magoas de viver sem ti
A embriaguez me faz esquecê-la
Mesmo que ao acordar, sem me lembrar direito da noite anterior
Meu primeiro pensamento é você
Sei que é inútil
Mas não sei o que fazer
Sinto saudades de ti
Sua falta me motiva, sua presença me cativa
Mas cadê você?
E vou vivendo minha triste rotina, quase diária
Acordar e não mais te ver
Que posso fazer se te perdi?
O que posso fazer se não sei viver sem ti?
Doce ilusão
Se a realidade me atormenta
A embriaguez me traz à tona
Me faz esquecer todo amor que um dia por ti eu senti
A solidão e eu, um pouco de você em cada copo
Assim sacio minha vontade, meus desejos
No meu mundo irreal ela ainda existe, pena que só dura alguns instantes
Logo eu acordo novamente
Minha triste rotina de nunca te esquecer
É mais fácil me esquecer de mim, do que de você.

10 outubro, 2010

TV Educativa de Jundiaí realiza encontro sobre jornalismo policial com Percival de Souza

Evento, que acontecerá no próximo dia 23/10, será marcado por uma palestra do jornalista da Rede Record e pelo lançamento de dois livros sobre a área policial,
com manhã de autógrafos e MPB

O jornalismo policial, uma das áreas mais fascinantes e controversas do jornalismo, e curiosamente ainda pouco estudada e debatida, é o tema de um encontro que a TV Educativa (TVE) de Jundiaí (SP) promoverá no próximo dia 23/10.
Aberto ao público, o evento será marcado por duas ações. Primeiramente haverá uma palestra de Percival de Souza (foto) sobre o tema “O papel do jornalismo policial brasileiro no século XXI”, na qual o jornalista da Rede Record analisará a importância desse tipo de cobertura para a nossa sociedade, no auditório Charlie Chaplim, no Complexo Argos.

Posteriormente, nas dependências da TV Educativa, ocorrerá o lançamento de dois livros que foram apresentados na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo: O Crime Quase Perfeito, de autoria do próprio Percival, e Jornalismo Policial: histórias de quem faz, escrito pelos alunos do 4º ano de Jornalismo (2010) da UNIBAN Brasil, com a organização da jornalista e professora Patrícia Paixão, e que tem como uma das autoras-estudantes a cantora jundiaiense, Marta Corrêa.

O Crime Quase Perfeito, editado pela Idea, é a primeira obra de ficção de Percival de Souza. Trata-se de uma novela policial, inspirada em fatos verídicos, que transita entre o real e o fictício. A obra, mais do que um romance policial, é um retrato da alma humana, por exibir as motivações mais vis que podem guiar o ser humano em seus atos. Os mais de 30 anos de experiência no jornalismo investigativo desse renomado jornalista policial são refletidos na genialidade do enredo.

Já Jornalismo Policial: histórias de quem faz, publicado pela editora jundiaiense In House, é um livro que oferece um panorama sobre a cobertura policial brasileira atual, por meio de 17 entrevistas exclusivas com os principais profissionais que cobrem a área policial. Além de Percival de Souza, participam do livro os jornalistas Fernando Molica, Renato Lombardi, Marcelo Rezende, Domingos Meirelles, Luiz Malavolta, Josmar Jozino, Gil Gomes, Robinson Cerantula, Fátima Souza, André Caramante, Bruno Paes Manso, Afanasio Jazadji, Gio Mendes, Fausto Salvadori Filho, Marco Antonio Zanfra e Pantera Lopes. Esses profissionais debatem os principais méritos e deméritos da área, analisando coberturas famosas como os casos Escola Base, Favela Naval, os ataques do PCC em São Paulo, o assassinato da menina Isabella Nardoni e o fatídico sequestro da garota Eloá Cristina Pimentel, em Santo André, na Grande São Paulo.

Para compor a manhã de autógrafos, a TV Educativa convidou a cantora Juliana Lima, de Santo André, para uma apresentação de MPB, voz e violão, destacando hits conhecidos e composições de própria autoria.

“O objetivo do encontro é valorizar o trabalho jornalístico e os profissionais da cidade, que são muitos, agregar novas perspectivas, debater e refletir sobre a postura da imprensa hoje em dia. Eventos como esse criam sempre grandes oportunidades de discutir conteúdos, estabelecer parcerias e inovar, especialmente quando podemos contar com a presença de um profissional como Percival de Souza”, explica a superintendente da TVE Jundiaí, Mônica Gropelo.

SERVIÇO
Encontro sobre Jornalismo Policial na TVE de Jundiaí
Data: 23/10/2010 (Sábado)
Local: Auditório Charles Chaplin - Av. Doutor Cavalcanti, nº 396 (Complexo Argos) – Vila Arens – Jundiaí/SP
Horário: das 10h às 12h
Informações http://www.tvejundiai.com.br/
Para mais detalhes, procure Denise Oliveira/Rosana Pagano: (11) 4587-5151 ou Patrícia Paixão: paixao.patricia@uol.com.br
Vagas limitadas, palestra gratuita.

09 outubro, 2010

Sou egoista

Prefiro tê-la morta
Do que vê-la com outro
Se não posso ninguém terá
Não é loucura
É não saber viver sim ti, podendo tê-la
É saber que outro a tem
Que perdi e que não há mais nada a fazer por você
E que tudo o que eu faça será inútil
Não é doença
Se não posso viver com você, para que viver?
Seremos felizes juntos, somente juntos
Separados não somos nada, não sou eu
Nada sem você
Se não comigo, com ninguém
Não sou nada do que está pensando
Só quero ser feliz, sem você não serei
E nem serás sem mim
Melhor ter uma lembrança sua, que cruzar com você pela rua
E com outro
Só comigo, apenas juntos, nós dois
Só uma coisa pode nos separar
Você já fez sua escolha, eu a minha
Eternamente viverás comigo, nunca mais com outro

03 outubro, 2010

No ônibus

Doce confusão
Talvez eu nunca mais a veja
Mas não posso negar que chamou a minha atenção
Tenho certeza que também notou
Te vi me olhando
Talvez tenha sido por eu não para de te olhar, talvez
Não queria que se fosse
Poderia passar o dia todo aqui neste mesmo lugar só te olhando
Parece que te conheço de algum lugar, não sei
Talvez de um sonho, ou de uma ilusão
Fantasia essa que crio neste exato momento
Penso em ti
Apesar de saber que logo vou descer, a porta vai se fechar e o ônibus se vai embora
Poderia ao menos perguntar o seu nome
Já seria o bastante
Sei que és linda
Sei que também me olha
Que tens a mesma curiosidade do que eu
A curiosidade agora talvez seja menor que a vontade
Inibindo nós dois
Assim que a porta se fechar um sentimento tomará conta de nós
A revolta
Consigo por nada ter dito, comigo por não ter tentado
Essa noite será de lembranças
Do que poderíamos ter sido
Do que poderia ter acontecido
Só me resta dormir e tentar sonhar com você.

30 setembro, 2010

Redes Sociais: Exposição em demasia da vida particular

Sei a hora em que você se levanta. Seu também quando vai dormir. Sei exatamente quando está em casa, quando saiu, quando vai voltar. Isso se você voltar. Sei de todos os seus horários, de suas rotinas, de seus afazeres. Todo o seu cotidiano. Quando muda algo já não me surpreende, sei também que és indecisa por diversas vezes.

Sei exatamente onde você mora, conheço toda sua família e amigos. Inclusive o seu lindo cãozinho de estimação que sei que não é capaz de fazer mal nem as próprias pulgas. Sei a padaria em que você compra pão, e até qual o seu café da manhã preferido. Logo após o banho demora um pouco para escolher a roupa, mas logo aparece na rua indo em direção ao trabalho.

Pega ônibus no mesmo lugar, sempre cheio. Diversas vezes atrasado, e o motorista lerdo é o mesmo de sempre. No metrô lotado sempre reclama do cara que vai atrás de você, um safado, diga-se de passagem. No trabalho tem a atenção de todos, é bastante eficaz no que faz. Logo receberá uma promoção pelos serviços, tenho absoluta certeza. Tanto quanto você. Sai para almoçar às 13h, diversifica. Carne vermelha quase nunca, às vezes até vai a uma churrascaria, mas sempre com os amigos, os colegas mais próximos do trabalho. Nos outros dias almoça só, não come muito.

Tem medo de engordar e por isso voltou a fazer academia recentemente. Volta para o trabalho e logo despejam uma avalanche sob sua mesa. É trabalho para mais de uma semana, mas tem que ser feito hoje, e para ontem. Vai embora sempre depois de todos, diversas vezes já apagou a luz do escritório. Na sexta é dia de “Happy Hour” com a galera do trabalho. Sempre no mesmo bar, sempre os mesmos pedidos.

Ganha bem, tem carro, mas não suporta o transito da cidade. Por isso só dirigi nos fins de semana, para trabalhar vai de ônibus mesmo. Gostaria de viajar, conhecer alguma praia do Nordeste. Não namora. Mas diverte muito com os amigos. Festas, baladas, bares.

Mora bem, um bairro pequeno, bem próximo a área nobre da cidade. Apesar de não se considerar, tem um nível de vida bem diferente dos vizinhos.

Sei tudo sobre você, seus horários, suas preferências, os locais frequentados, de quem gosta, do que gosta, onde está, para onde vai. E tudo isso sem nunca ter cruzado com você pela rua.

Como?

Redes Sociais.

Eu nunca te perguntei nada, você sempre me disse tudo. Tudo o que eu precisava. Agora a única coisa que eu preciso é que sua família pague o resgate, mas isso não dá pra fazer pelo Twitter.

27 setembro, 2010

Meus Desejos

Vontade de fazer tudo o que quero
De largar tudo
De sair correndo pela rua
Ir até aí
Te roubar
Te beijar
Te amar
Ter você para mim
Vontade de saciar os meus desejos
Minhas fantasias
E por que não as loucuras
Vontade maluca de ter você
Ao meu lado
Em meus braços
De te sentir
Sentir sua respiração se misturar com a minha
Seu coração batendo forte
Mais forte
Sua respiração tão ofegante quanto a minha
Seu corpo junto ao meu
Ouvir sua voz perdida
Sentir você me tocar
Me desejar tanto quanto eu desejo
Eu
Você
Mais nada e o mundo para
Mesmo que por uma fração de segundos
Mesmo que por quase nada seriamos apenas nós
Não eu
Não você
Nós, juntos, amantes
Só eu e você
Que vontade de te roubar
De te levar comigo
fazê-la minha
Tornar-me teu
Desejos, vontades, tentações, imaginações
Não passam disso, vontades
Um dia te levo comigo e de saudades suas eu não morro mais

26 setembro, 2010

Preciso te esquecer

Noite fria
E eu aqui sem você
Onde estará?
Será que pensas em mim?
Nem que seja por um minuto, por um momento
Por um dia
Uma vez
Será que me vê fazendo aquelas palhaçadas?
Será que ainda se lembra de mim?
Será que ainda sabe quem sou?
Que existo
Será que tens a esperança de me encontrar um dia pela rua
Será que ages como eu, como um tolo?
Um bobo a procurar
A olhar pelas ruas
Em cada esquina buscar o teu olhar
Mesmo numa noite fria como a de hoje
Será que ao menos sabes que eu existi
Que fui alguém para ti como é para mim
Será?
Diversas foram ás vezes
Não aproveitei
Não sabia como
Não fiz
Perdi
Te perdi
Me perdi
E hoje neste gélido anoitecer você me vem à cabeça
Onde estará?
Preciso te esquecer
Mas não faço a menor questão disto acontecer.

18 setembro, 2010

Te levo

Teus olhos já não consigo esquecer
Não sai mais da minha cabeça aquele seu olhar
Não dá para esquecer seu perfume, ele parece me viciar
Olho ao meu redor e tudo é tão sem graça, exceto com você
Quando te vejo meu mundo ganha cor
Por isso eu corro para te encontrar
Corro para te amar
Mas vou sem pressa
Eu sei que um dia vou chegar
Todo é um novo e diferente dia
Porem a agonia é a mesma
Meus pensamentos me tiram a paz
Um dia eu chego, você vai ser minha
Nem que eu tenha que te roubar
Viver assim distante não é o bastante
Eu quero viver
Eu quero você
Viver com você
Um dia te levo comigo, você vai ver

17 setembro, 2010

Detalhes

Detalhes, peculiaridades outrora tão pequenos e até insignificantes
Hoje me fazem lembrar você
Lugares e alguns momentos
Tudo teve seu tempo
Na rua, na esquina
Naquela praça, naquele banco, aquela árvore
O ponto, o ônibus e até a espera por ele
Esse ou aquele lugar, nossos
Hoje percebo a falta que me faz
Lembranças, apenas lembranças
Detalhes que agora fazem toda a diferença
Coisas pequenas, grandes perdas
Como fui tolo
Não as valorizei e são elas que hoje trazem você para mim
Detalhes.

13 setembro, 2010

Vontade

Preciso de tempo
Não que as 24 horas do meu dia estejam pequenas
Muito pelo contrário
Preciso que o tempo passe
Mas não só o meu
Ficar contando cada segundo é muito chato
Queria dormir e acordar com você do meu lado
Mas isso não vai acontecer de hoje para amanhã
Aí vem alguém e me diz o célebre verbete “querer é poder”
Isso só funciona em livros de auto-ajuda e em filmes de ficção
Na vida real é bem diferente
Querer é apenas uma das opções
Depois vem a medição das conseqüências
Um ato impensado e coloco tudo a perder
E o poder? Onde entra?
Acredito que sequer serve de opção neste momento
Eu poço, mas não devo. Mesmo querendo
O tempo seria a solução
Mas é uma baita covardia
Dar tempo ao tempo é fugir da responsabilidade
É jogar ao destino todas minhas fichas
Minhas possibilidades
É apostar em nada esperando um dia vencer
É um risco muito grande para correr
E se perder?
Estou em meio a uma sinuca de bico
Odeio jogos
Ainda mais quando a aposta é alta
Tenho muito a perder
Um blefe?
Odeio não saber o que fazer
Vontade versus razão
É nessas horas que eu odeio ser tão ponderado
Vou ter que ficar com o tempo que o tempo não me dá.

09 setembro, 2010

Não está aqui

Sim, está tudo bem
Longe do melhor momento de minha vida
Mas distante do pior
Nem tão bem, não tão mal
Diferentemente comum
Indiferentemente do mesmo jeito
Sei lá... Não sei explicar
Tudo parece caminhar na mais perfeita harmonia
Sabe aquele momento em que tudo parece dar certo
É quase isso
Mas deixo um pé atrás
Quanto melhor estão às coisas mais perto do ruim se está
Não sei se algo de ruim vai acontecer
Até sinto que sim
Um mal pressagio
Me parece também que algo me falta
Noto que passo por um momento de transição
É complicado descrever
Nem eu sei ao certo
Estou tão perdido quanto meus últimos textos
Confuso
Olho para o lado e não vejo ninguém
Talvez seja isso
Cadê você?
Agora que eu mais preciso, eu não sei onde te encontrar
Pensando bem, eu não sei onde me encontrar
Devo ter me perdido há algum tempo, só agora notei
Acho que isso é um defeito, eu perco as coisas e não sinto falta
Só percebo o quanto era importante depois de não haver tempo para recuperar
Preciso me recuperar
Já que você eu já perdi, ao menos posso tentar me salvar
Só não sei por onde começar
Se ao menos... Deixa pra lá, você não está mais aqui.

06 setembro, 2010

Independência

Quebraram-se as correntes, nada mais me impede de ser livre. Independente. Não tenho mais Dono. O meu passado não poderei apagar, mas meu futuro começa a ser escrito a partir de agora. E quem está segurando a caneta sou eu. De hoje em diante eu dito as regras. Não serei castigado se não obedecê-las. Terei a delicadeza de vos agradecer pelo que por mim foi feito. Mas minha vontade era de matá-los. Mas tenho reputação e vergonha na cara, aprendi assistindo vocês e não com vocês. Não sou um dos seus, sou diferente. Aqui já estava quando você chegou. Tentou me mudar, mas não conseguiu. E já que somos tão diferentes, quero apenas desejar-lhes uma boa sorte, mas longe de mim. Quero cicatrizar as feridas que em mim deixou. Algumas sei que jamais esquecerei, marcas que servirão para eu nunca me esquecer que já sofri. Quando no futuro eu olhar para elas, saber que você por aqui passou e que me fez muito mal. Mas como já disse, sou muito grato a você. Muito obrigado por tudo. Mas acabou agora eu não faço mais parte da sua alcova. Não preciso me submeter a suas ordens. Agora quem manda aqui sou eu. Sou novamente dono de meu nariz. Se isso é bom ou não, só o tempo vai dizer. Mas hoje, somente hoje, é o dia mais feliz de toda a minha existência. Voltei a ser livre. Pode até ser que você deixe marcas que vão influenciar no meu destino. Infelizmente, o longo tempo que passamos juntos me contaminou como um parasita, um câncer que mesmo depois de ter sido expelido ainda deixa sinais de que um dia esteve por lá. E a vocês que não vão com a minha cara, digo-lhes que é só o começo. Ainda ouvirão falar muito de mim. E aos ingratos que se alimentaram de minhas riquezas e hoje renegam meu nome, a esses eu só tenho uma coisa a dizer: Já que não me amam, me deixem seguir em paz, eu não preciso de vocês.

05 setembro, 2010

Talvez

E a noite cai
Junto dela uma sensação
Seria solidão?
Seria apenas eu querendo ficar sozinho mais um pouco?
Isolamento
Não é que eu não te queira
Muito pelo contrário
Eu te desejo
Chego a sonhar com nós dois
A imaginar como poderia ser diferente
Como seria tê-la ao meu lado
Eu queria parar de olhar para o telefone
Parar de apenas olhar e discar seu número
Te acordar no meio da madrugada e dizer: Te quero
Covarde
Talvez seja essa a sensação
Medo de alguma coisa
De me enganar novamente
De estar errado
Amanhã o sentimento será outro
Algo como arrependimento
Um pesar doloroso que me faz sentir ainda pior
E se perdê-la?
E se te vires com outro?
Ai a sensação será de perda
Prefiro não pensar que isso possa acontecer
Imagino que me espere também
Só não sei até quando
Talvez agora eu esteja errado
Pensando só em mim
Sempre em você, mas antes em mim
Talvez seja esse o erro
Não sei
Talvez se esse telefone tocasse
Talvez...

03 setembro, 2010

Acabou

Sinto
Não sei explicar como, mas eu sei
Te perco
Um pouco mais a cada nova manhã que me acorda
Perco-te
A cada cair de noite
A cada novo dia que se termina
Não sei mais o que fazer
Também estou perdido
Perco-me junto com a dúvida que toma conta de mim
O que era puro desejo, paixão
Dá agora lugar a um sentimento de revolta
Estou triste
Nem sei o por que
Não estou triste com você, mas comigo
Por não tentar, por não lutar
Por me esconder
Atrás da mascara existe uma outra pessoa
Completamente diferente
Tímida e fraca o suficiente para continuar onde está
Triste também com você por nada fazer
Por virar as costas quando eu mais preciso
E nesta noite, novamente juntos
Você pede para que eu fique
Não posso
Mesmo chorando vou-me embora
Não fui eu quem quis assim
Agora só me resta partir
O seu destino foi você quem fez
Confesso que sem você não vou dormir
Deixe essa noite como lembrança
Do que se foi
Do que era para ter sido
Do que acabou.

31 agosto, 2010

Um centenário

Nos dias de hoje, tempos modernos, a marca de 100 anos é quase inatingível. São poucos os homens que conseguem alcançá-las. E quando o fazem são dignos de uma grande comemoração. Mas não só com humanos, empresas, clubes, organizações, países, cidades, todos festejam a data. O número 100 é um dos mais perfeitos existentes, ficando atrás apenas do lendário número 10. Nota 10. Camisa 10. 10 é craque. É gênio. É sinônimo de bom aluno. Mas o cem é tão especial quanto. Se o 10 logo é alcançado em termos de idade, o cem não. Levam-se 10 vezes 10 para se ter-lo.

Ser secular é para poucos. Um dia de festa não é nada se comparado a tantos outros já vividos. Viver intensamente essas longas 10 décadas não é fácil. Tantos outros não alcançaram, outros até conseguiram, mas sem a mesma pujança. Sem a mesma marca. Sem tantas glórias alcançadas.

Invejado por muitos. Combatido por milhares. Vencido por poucos. Uma história centenária de dar inveja em tantos outros clubes da nação. Um senhor cêntuplo. Que a cada dia se renova no amor de sua fiel torcida. Que a cada ano se torna maior. Não teria palavras para explicar essa relação de amor, talvez até um pouco de ódio. Mas a paixão sempre prevaleceu. Uma relação que só quem está dentro consegue explicar.

Momentos de alegria foram vários. Mas são os de angustia que marcaram nossa história. As filas, os jejuns de títulos. As gozações das torcidas adversárias. Mas nos mantivemos impávidos. Lutamos e conseguimos dar a volta por cima. Do rebaixamento ao acesso, quanta luta. Mas isso só serviu para nos deixar ainda mais próximos. Clube e torcida. Unidos em prol de um único objetivo, ser o maior dentre os maiores.

Os altos e baixos que vivemos só serviu para mostrar que podemos mais, muito mais. Se chegamos aonde chegamos é por que tivemos pulso, fomos firmes e nunca deixamos de pensar, nem por um segundo, no objetivo de ser o melhor, de ser o maior. No momento em que se baixa a cabeça é que se perde a batalha, e nós nunca vamos desanimar. Outros cem anos virão. E seremos conhecidos em todos os lugares, reconhecidos por nossas glórias, por nossos méritos. Que não foram poucos e que ainda serão muitos.

Parabéns ao Esporte Clube Noroeste pelos 100 anos de história. Que o Trem-Bala do Interior continue nos trilhos, na direção de um futuro ainda mais brilhante. Uma singela homenagem à Maquininha Vermelha de Bauru.

Noroeste

O Esporte Clube Noroeste é um clube brasileiro de futebol da cidade de Bauru, interior do estado de São Paulo. Fundado em 1º de setembro de 1910, suas cores são vermelha e branca. Atualmente, disputa a Primeira Divisão, Série A-1, do Campeonato Paulista de Futebol.

Confira a programação da festa - http://www.noroestebauru.com.br/

Parabéns Norusca!!!

30 agosto, 2010

Se soubesses

Daria tudo para tê-la ao meu lado
Só por uma noite
Se soubesses o quanto te desejo
Se soubesses que em todas as noites sonho contigo
Se soubesses,
Se soubesses que sonho
Sairia dos meus pensamentos e viria se deitar ao meu lado
Se entregaria aos meus braços
E matava essa minha angustia
Se soubesses o que sinto por você
Procurei em outros corpos encontrar
Tentei não falar
Nem pensar
Se soubesses
Sairia de onde está
Sairia de qualquer lugar
E viria me encontrar
Me amar
Ah, se soubesses o quanto eu sinto raiva dele
Por ser ele quem te faz feliz e não eu
Se soubesses
Na verdade eu o invejo, se soubesses o quanto
Se soubesses o quanto eu te desejo sumia da sua vida e te deixava só para mim
Se soubesses o quanto te amo
O quanto te quero
O quanto me faz bem
Me faz vivo
Me faz mal
Me faz...
Se soubesses quantas noites em claro eu passei
Quantas lágrimas chorei
Todos os porres que já tomei
Se soubesses tudo o que já passei por você
Se soubesses que faria tudo de novo
Tudo para te ter
Se soubesses
Como eu te amo
Como eu te quero
Te venero
Te... te...
Te quero
Se soubesses largava tudo o voltava para mim
Se soubesses o quanto me faz falta
O quanto me sinto mal por perdê-la
Por entregá-la
Por ter desistido tão fácil
Por não ter lutado
Ter me entregado
Se soubesses
Se soubesses
Mas não sabe.

29 agosto, 2010

Mentira

Tão bem
Chegou a me enganar
Me iludir
Fez inúmeras promessas
Uma vida inteira
O frio pelo calor, o certo pelo errado (!?)
O inverno pela primavera
Juras
Promessas
Pretendias cumprir?
O mundo
Tudo e nada
Você não cumpre nada
Eu fui me enganando
Sendo enganado
Prometeu-me o céu
O Mel
O Fel
Joguei seu jogo
Ao invés de paz o fogo
Tão apaixonada
Sempre comigo
Mentira
Seus olhos me diziam
Mesmo sendo falso me deixei levar
Fui acreditando
Pensando que pudesse mudar
Que me ama de verdade
Chego imaginar que não quis me enganar
Mentis tão bem...

28 agosto, 2010

Amanhã

Confiança
Amizade
Fidelidade
Não são conquistas lá muito fáceis
É, de fato, muito difícil de se conseguir
Tão fácil de se perder
Tento ao máximo manter isso
É o mínimo que eu posso ter em um convívio
Do contrário se torna quase impossível manter um simples diálogo
Temperamental eu sou
É notório
A afronta só faz mal
Para mim?
Não
Não preciso de você
Minto?
Talvez, jamais assumiria
O mundo gira e um dia isso tudo volta
Para mim?
Desta vez não
Quem bate não se lembra
Quem apanha nunca esquece
Filosofia de vida
A escolha foi minha
A minha?
A sua?
Não sei
As chances são escassas
Não se encarregue de desperdiçá-las
Hoje estás sorrindo e eu chorando
O mundo é uma bola que segue girando
O amanhã...
Ah, o amanhã
É só mais uma página que se está virando.

27 agosto, 2010

Confuso

É estranho. Confesso que não é algo corriqueiro. Acontece com uma rara freqüência. Inconstante diria. Diria se soubesse o que dizer. A cada passo em frente é como dois para trás. Comum? Errado? Confuso! Sem rumo. O certo não é mais tão certo assim. Mas o errado continua sendo o mesmo errado de outrora. O que quero? Simples. Não sei. Sei que nada sei sobre o que não sei se sei. Deveria saber? Talvez. É hora de decidir? Não. Não sei. Se for? Errarei? Só caminhando para saber. Tão confuso quanto este texto está minha cabeça. Perturbada por ela mesma. A capacidade de se criar mitos e fantasias é singular. Consegue enganar a si mesma, mas sequer se dá ao luxo de apontar o caminho. Tão confuso quando minha cabeça estou eu. As opções parecem escassas. Eu as deveria criar. Mas acabo optando sempre pela mais complicada. Que seria da vida sem um pouco de aventura? Sem um pouco de humor, sem um pouco de insanidade? É divertido ludibriar-se. Entorpecer sua própria essência. Brincar com seu imo. Só não pode perder a noção. O limite. A linha tênue entre a graça e a desgraça. E tudo se resume a brincar. Se divertir consigo mesmo. Criar um mundo só para si. Lúdico. Enganar o outro é fácil. Difícil é acreditar em alguém que consegue se perder dentro de sua própria mente doentia. Isso é mal? É bom? Isso é o que eu não quero saber.

26 agosto, 2010

Na linha

Ser correto.
Direito.
Ser exemplo para os demais, principalmente para os mais novos.
Ser educado.
Vestir-se bem. Comer bem. Não misturar leite com manga.
Não responder as pessoas, não tratá-las mal.
Falar com o motorista somente o indispensável.
Atravessar na faixa.
Usar o cinto na mesma cor dos sapatos.

Não falar com estranhos, não dar bom dia a cavalos, não chutar cachorros na rua, nem mendigos. Não desperdiçar água, nem comida.
Ajudar os necessitados.
Doar sangue, doar alimentos, roupas, brinquedos.
Cumprimentar as pessoas no trabalho e na faculdade, na rua também.
Dar lugar para os idosos, deficientes e mulheres grávidas.
Ser gentil e dizer obrigado.
Não falar palavrões.
Nem o santo nome de Deus em vão.
Cobiçar? Nem pensar, não é? Ainda mais se for a mulher do amigo.
Do amigo da onça pode.

Escovar os dentes e tomar banho todos os dias.
Não andar com gente que não presta.
Ir pela sombra.
Beber moderadamente, e isso, só depois dos 18 anos.
Transar com camisinha, mas isso pode ser antes dos 18.

Levar o casaquinho.
Não sair na chuva, nem andar descalço.
Limpar o quarto, arrumar a cama.
Dormir cedo.
Votar.

Esse mundo é meio estranho mesmo. Desde pequeno as pessoas me impõem regras. Quando não tinha opção eu as aceitava. De um tempo para cá comecei a não mais aceitar algumas delas. Não me revoltei. Apenas criei algo muito particular que sei que todo mundo tem, mas poucos usam. Opinião. Comecei a questionar. Já me viram como diferente. Garoto problema. A nossa sociedade é repleta de normas, regras, leis. O caralho a quatro. Não estou falando do código penal, não saiam por aí roubando e matando, é melhor vender balas nos ônibus. Acredite, funciona.

Só estou alertando que existem duas opções. Sempre existiu. SIM e NÃO. Automaticamente temos o costume de engolir goela abaixo a primeira coisa que nos aparece. Sem ponderar. Sem medir as consequências. Sem analisar o outro lado da moeda. Depois reclamamos. Só reclamamos. E fazemos o que? Votamos.

22 agosto, 2010

Da boca pra fora

Da boca pra fora dizemos qualquer coisa
Tudo o que se quer naquele momento
É fácil me enganar
Mentir
Omitir
Iludir a você mesma
A mim mesmo
Nós dois
Só não conseguimos fazer isso com nós mesmos
Não há como persuadir a mim
Não posso mudar o que penso
O que sinto
Posso mentir
Esconder
Fazer-te sentir indiferente
Ser insensível
Duro feito rocha
Besteira
Da boca pra fora é fácil
Fácil falar
Fácil fazer
O difícil é quando se está sozinho
À tona
Sempre vem
A verdade
Complicado enganar a mim mesmo
Mas no desespero em que me encontro
É ainda mais fácil do que ceder um pouquinho que seja
Não quero
Eu posso
Não devo
Até preciso, mas não faço
Da boca pra fora
É caso passado
Uma saudade
Um desejo
Uma vontade...

21 agosto, 2010

Lançamento do livro "JORNALISMO POLICIAL: HISTÓRIAS DE QUEM FAZ"

No último dia 14 de agosto, foi lançado o livro "JORNALISMO POLICIAL: HISTÓRIAS DE QUEM FAZ", na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. O evento aconteceu no estande da Editora In House (N31).

Compareceram ao estande no lançamento vários autores do livro, além de atuais e ex-professores da Uniban. Num ambiente de festa e congratulação (sem ironia!), o orgulho de uma batalha vencida - finalmente, depois de 2 anos de espera e nenhum apoio externo, conseguimos concluir um trabalho.

Este é um post em homenagem a todos os colegas da classe que de alguma forma participaram do trabalho.

E um especial abraço à professora e organizadora do livro Patrícia Paixão. Sem fazer disso uma piada pronta, seu sobrenome não conseguiria resumir sozinho a participação da professora Patrícia nesta empreitada.

Um grande abraço a todo pessoal da Editora In House, pela paciência e competência em todo o trabalho.

Ao Maya, pelas ilustrações no livro.

Para finalizar, não poderíamos deixar de agradecer aos jornalistas que participaram com seu precioso tempo, sua vasta experiência e grande paixão (de novo, sem ironia!) pelo jornalismo policial. Nosso muito obrigado!

A todos que, de alguma forma nos ajudaram, um grande abraço e, mais uma vez, muito obrigado!

Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli, alunos do curso de Jornalismo e coordenadores do projeto editorial do livro "JORNALISMO POLICIAL: HISTÓRIAS DE QUEM FAZ"

Serviço:

"JORNALISMO POLICIAL: HISTÓRIAS DE QUEM FAZ"

Patrícia Paixão (org.) / Vários autores

Ed. In House, 2010, 144pg

O livro "JORNALISMO POLICIAL: HISTÓRIAS DE QUEM FAZ" continua a venda no estande até o final da Bienal. Para adquirir o seu sem visitar a In House ou depois da Bienal, acesse

http://bit.ly/9CnENd

Não se esqueça de dizer no ato da compra que viu no blog 7CISMO

Rodrigo De Giuli

O Boris

Me considero um cara privilegiado
Tenho poucos amigos
Poucos, porém fundamentais
Tenho poucos, mas tenho todos
E tenho os melhores ao meu lado
Já que parente nós não escolhemos, ao menos os amigos nós temos esse direito
E eu os escolhi muito bem
Agradeço a todos vocês
Mas hoje o dia é de um cara em especial
Muito mais novo do que eu
Muito mais cabeça no lugar do que eu
Às vezes parece que é você quem me guia
Um abraço naquele momento triste
O silencio naquele difícil
A alegria nos de maior felicidade
Sempre ao meu lado
Um grande parceiro
E cúmplice
Quantas foram às vezes em que um acobertou o outro
Apesar de em oito anos você não ter dito uma só palavra nos entendemos perfeitamente bem
O seu olhar já me diz tudo
Suas vontades, seus desejos
Suas manias
Talvez em todo esse mundo
Nesses 24 anos de vida
Apenas três pessoas me conheçam tão bem quanto você
Mas eu posso te garantir, ninguém nunca me escutou tanto quanto você
E sem reclamar, hein...
Amigão, oitos anos
Que venham os próximos oito pelo menos
Em um mundo onde cada a dia mais eu ganho um desafeto e perco um amigo
Só você para me aturar por tanto tempo
Acho que se fosse o contrário, eu já teria fugido de casa.

Quando a gente começa a escrever pensando em um cachorro é que a coisa tá feia mesmo. Mas fazer o que se quando eu olho para o lado é ele quem está no chão dormindo!?

19 agosto, 2010

O meu amanhã passou

Nessa vida tudo passa
E para mim você passou
Foi-se embora junto com a grande parte do meu passado
Aliás, não se foi
Ficou nele
Afinal o passado apenas passa
Fica para trás
Deixa um que de saudade, é bem verdade
Puro saudosismo
Tudo se passou
Acabou
Não é que eu queira reviver o passado
Ele está lá
Ainda está
Por mais que o presente faça-se presente
Por mais que o amanhã insista em amanhecer
Não posso apagar
Passou
Ficou no tempo
Não volta
Mas volta?
E se voltar?
O passado se faz presente formando o futuro
O amanhã é feito hoje pelo ontem
Você foi meu ontem
Você é meu hoje
É meu amanhã
Já foi
Passou
Ficou pra trás
Memória
Triste lembrança de um amanhã que não veio
Triste?
Por mim, não por você
O ontem independe do hoje para ser
Eu não fiz por onde
Passou
O trem passou
E eu fiquei parado na estação.

14 agosto, 2010

A mulher da minha vida

Digo isso com propriedade
É verdade, eu sei que outras virão
Mas nunca nos esquecemos da primeira
O primeiro olhar
O primeiro toque
O primeiro tudo
Afinal tudo o que aprendi devo a você
Tenho que confessar que sem você eu não chegaria aqui
Não chegaria a lugar algum
De ti só guardo lembranças boas
Nos momentos mais felizes era você quem estava ao meu lado
Mas não apenas nesses
Nos difíceis também estava ali
Sempre tive uma mão amiga, uma palavra de conforto
Algum momento de carinho
Momentos felizes não faltaram
Mas nem só deles foram feitos a nossa relação
Brigas. Discussões
Periodos sem nos falar
Sem nos dirigir uma palavra sequer
Minutos que viravam dias, que pareciam uma eternidade
Sei que não foi por mal
Muitas delas foram necessárias
Culpados?
As vezes os dois, outra eu. Você
E até ninguém
Mas meu amor por ti é maior do que tudo isso
Nunca a tive como segundo plano
Era sempre a minha prioridade
Longos anos se passaram e nós aqui novamente
Frente a frente
Só você para me aturar
Só você para me colocar na linha, me fazer um homem
Que tudo continue do jeitinho que está
Não peço que melhore, pois não teria graça se tudo fosse as mil maravilhas
Eu te amo desde o que em que te conheci
E lá se vão mais de 25 anos
Que venha os próximos 25, todos
Os próximos por você
O meu amor aumenta a cada dia por você, mãe.

12 agosto, 2010

Um erro

Oi, tudo bem?
Nosso papo hoje vai ser um pouco diferente
Sim, eu gosto de você
Pude sentir que rolou uma química, aquele algo a mais, desde a primeira vez em que te vi
Sei exatamente o que senti e o que sinto agora que falo com você
Eu gosto de você, é sincero
Sei que esta paixão pode evoluir ainda mais
O que estou sentindo pode se transformar em amor
Amor verdadeiro, e da parte dos dois
Não fosse um pequeno detalhe
Detalhes tão pequenos que às vezes nem são percebidos
Detalhe que me fez repensar toda nossa historia
Você mentiu para mim
Talvez um erro cometido por insegurança
Imagino que naquele momento você pudesse estar cheia de dúvidas
Um erro que eu não posso perdoar
Mentiu
Não me contou
Não disse que ele ainda existia
Eu sempre soube de vocês
Relutei
Hesitei por diversas vezes falar com você por causa dele
Vocês tinham uma historia
Eu não poderia mudar isso
Quando acabou, não vou negar, fique feliz
O ponto final que eu tanto esperei
A chance que tanto queria
Ter você pra mim
Me enganei
A nossa história começava
Mas sem que você tivesse terminado a que tinha com ele
Enganou a nós dois
Hoje você me aparece cheia de desculpas, caricias, carinhos, desejos e malícias
Diz que se decidiu
Sua decisão está tomada e a minha também
E não te quero mais
A nossa história acaba antes mesmo de ter começado, melhor assim
O que começa errado não termina bem
Posso estar errando, mas não mentido
Nem mesmo enganando a mim mesmo
Mentis tão bem...