31 agosto, 2010

Um centenário

Nos dias de hoje, tempos modernos, a marca de 100 anos é quase inatingível. São poucos os homens que conseguem alcançá-las. E quando o fazem são dignos de uma grande comemoração. Mas não só com humanos, empresas, clubes, organizações, países, cidades, todos festejam a data. O número 100 é um dos mais perfeitos existentes, ficando atrás apenas do lendário número 10. Nota 10. Camisa 10. 10 é craque. É gênio. É sinônimo de bom aluno. Mas o cem é tão especial quanto. Se o 10 logo é alcançado em termos de idade, o cem não. Levam-se 10 vezes 10 para se ter-lo.

Ser secular é para poucos. Um dia de festa não é nada se comparado a tantos outros já vividos. Viver intensamente essas longas 10 décadas não é fácil. Tantos outros não alcançaram, outros até conseguiram, mas sem a mesma pujança. Sem a mesma marca. Sem tantas glórias alcançadas.

Invejado por muitos. Combatido por milhares. Vencido por poucos. Uma história centenária de dar inveja em tantos outros clubes da nação. Um senhor cêntuplo. Que a cada dia se renova no amor de sua fiel torcida. Que a cada ano se torna maior. Não teria palavras para explicar essa relação de amor, talvez até um pouco de ódio. Mas a paixão sempre prevaleceu. Uma relação que só quem está dentro consegue explicar.

Momentos de alegria foram vários. Mas são os de angustia que marcaram nossa história. As filas, os jejuns de títulos. As gozações das torcidas adversárias. Mas nos mantivemos impávidos. Lutamos e conseguimos dar a volta por cima. Do rebaixamento ao acesso, quanta luta. Mas isso só serviu para nos deixar ainda mais próximos. Clube e torcida. Unidos em prol de um único objetivo, ser o maior dentre os maiores.

Os altos e baixos que vivemos só serviu para mostrar que podemos mais, muito mais. Se chegamos aonde chegamos é por que tivemos pulso, fomos firmes e nunca deixamos de pensar, nem por um segundo, no objetivo de ser o melhor, de ser o maior. No momento em que se baixa a cabeça é que se perde a batalha, e nós nunca vamos desanimar. Outros cem anos virão. E seremos conhecidos em todos os lugares, reconhecidos por nossas glórias, por nossos méritos. Que não foram poucos e que ainda serão muitos.

Parabéns ao Esporte Clube Noroeste pelos 100 anos de história. Que o Trem-Bala do Interior continue nos trilhos, na direção de um futuro ainda mais brilhante. Uma singela homenagem à Maquininha Vermelha de Bauru.

Noroeste

O Esporte Clube Noroeste é um clube brasileiro de futebol da cidade de Bauru, interior do estado de São Paulo. Fundado em 1º de setembro de 1910, suas cores são vermelha e branca. Atualmente, disputa a Primeira Divisão, Série A-1, do Campeonato Paulista de Futebol.

Confira a programação da festa - http://www.noroestebauru.com.br/

Parabéns Norusca!!!

30 agosto, 2010

Se soubesses

Daria tudo para tê-la ao meu lado
Só por uma noite
Se soubesses o quanto te desejo
Se soubesses que em todas as noites sonho contigo
Se soubesses,
Se soubesses que sonho
Sairia dos meus pensamentos e viria se deitar ao meu lado
Se entregaria aos meus braços
E matava essa minha angustia
Se soubesses o que sinto por você
Procurei em outros corpos encontrar
Tentei não falar
Nem pensar
Se soubesses
Sairia de onde está
Sairia de qualquer lugar
E viria me encontrar
Me amar
Ah, se soubesses o quanto eu sinto raiva dele
Por ser ele quem te faz feliz e não eu
Se soubesses
Na verdade eu o invejo, se soubesses o quanto
Se soubesses o quanto eu te desejo sumia da sua vida e te deixava só para mim
Se soubesses o quanto te amo
O quanto te quero
O quanto me faz bem
Me faz vivo
Me faz mal
Me faz...
Se soubesses quantas noites em claro eu passei
Quantas lágrimas chorei
Todos os porres que já tomei
Se soubesses tudo o que já passei por você
Se soubesses que faria tudo de novo
Tudo para te ter
Se soubesses
Como eu te amo
Como eu te quero
Te venero
Te... te...
Te quero
Se soubesses largava tudo o voltava para mim
Se soubesses o quanto me faz falta
O quanto me sinto mal por perdê-la
Por entregá-la
Por ter desistido tão fácil
Por não ter lutado
Ter me entregado
Se soubesses
Se soubesses
Mas não sabe.

29 agosto, 2010

Mentira

Tão bem
Chegou a me enganar
Me iludir
Fez inúmeras promessas
Uma vida inteira
O frio pelo calor, o certo pelo errado (!?)
O inverno pela primavera
Juras
Promessas
Pretendias cumprir?
O mundo
Tudo e nada
Você não cumpre nada
Eu fui me enganando
Sendo enganado
Prometeu-me o céu
O Mel
O Fel
Joguei seu jogo
Ao invés de paz o fogo
Tão apaixonada
Sempre comigo
Mentira
Seus olhos me diziam
Mesmo sendo falso me deixei levar
Fui acreditando
Pensando que pudesse mudar
Que me ama de verdade
Chego imaginar que não quis me enganar
Mentis tão bem...

28 agosto, 2010

Amanhã

Confiança
Amizade
Fidelidade
Não são conquistas lá muito fáceis
É, de fato, muito difícil de se conseguir
Tão fácil de se perder
Tento ao máximo manter isso
É o mínimo que eu posso ter em um convívio
Do contrário se torna quase impossível manter um simples diálogo
Temperamental eu sou
É notório
A afronta só faz mal
Para mim?
Não
Não preciso de você
Minto?
Talvez, jamais assumiria
O mundo gira e um dia isso tudo volta
Para mim?
Desta vez não
Quem bate não se lembra
Quem apanha nunca esquece
Filosofia de vida
A escolha foi minha
A minha?
A sua?
Não sei
As chances são escassas
Não se encarregue de desperdiçá-las
Hoje estás sorrindo e eu chorando
O mundo é uma bola que segue girando
O amanhã...
Ah, o amanhã
É só mais uma página que se está virando.

27 agosto, 2010

Confuso

É estranho. Confesso que não é algo corriqueiro. Acontece com uma rara freqüência. Inconstante diria. Diria se soubesse o que dizer. A cada passo em frente é como dois para trás. Comum? Errado? Confuso! Sem rumo. O certo não é mais tão certo assim. Mas o errado continua sendo o mesmo errado de outrora. O que quero? Simples. Não sei. Sei que nada sei sobre o que não sei se sei. Deveria saber? Talvez. É hora de decidir? Não. Não sei. Se for? Errarei? Só caminhando para saber. Tão confuso quanto este texto está minha cabeça. Perturbada por ela mesma. A capacidade de se criar mitos e fantasias é singular. Consegue enganar a si mesma, mas sequer se dá ao luxo de apontar o caminho. Tão confuso quando minha cabeça estou eu. As opções parecem escassas. Eu as deveria criar. Mas acabo optando sempre pela mais complicada. Que seria da vida sem um pouco de aventura? Sem um pouco de humor, sem um pouco de insanidade? É divertido ludibriar-se. Entorpecer sua própria essência. Brincar com seu imo. Só não pode perder a noção. O limite. A linha tênue entre a graça e a desgraça. E tudo se resume a brincar. Se divertir consigo mesmo. Criar um mundo só para si. Lúdico. Enganar o outro é fácil. Difícil é acreditar em alguém que consegue se perder dentro de sua própria mente doentia. Isso é mal? É bom? Isso é o que eu não quero saber.

26 agosto, 2010

Na linha

Ser correto.
Direito.
Ser exemplo para os demais, principalmente para os mais novos.
Ser educado.
Vestir-se bem. Comer bem. Não misturar leite com manga.
Não responder as pessoas, não tratá-las mal.
Falar com o motorista somente o indispensável.
Atravessar na faixa.
Usar o cinto na mesma cor dos sapatos.

Não falar com estranhos, não dar bom dia a cavalos, não chutar cachorros na rua, nem mendigos. Não desperdiçar água, nem comida.
Ajudar os necessitados.
Doar sangue, doar alimentos, roupas, brinquedos.
Cumprimentar as pessoas no trabalho e na faculdade, na rua também.
Dar lugar para os idosos, deficientes e mulheres grávidas.
Ser gentil e dizer obrigado.
Não falar palavrões.
Nem o santo nome de Deus em vão.
Cobiçar? Nem pensar, não é? Ainda mais se for a mulher do amigo.
Do amigo da onça pode.

Escovar os dentes e tomar banho todos os dias.
Não andar com gente que não presta.
Ir pela sombra.
Beber moderadamente, e isso, só depois dos 18 anos.
Transar com camisinha, mas isso pode ser antes dos 18.

Levar o casaquinho.
Não sair na chuva, nem andar descalço.
Limpar o quarto, arrumar a cama.
Dormir cedo.
Votar.

Esse mundo é meio estranho mesmo. Desde pequeno as pessoas me impõem regras. Quando não tinha opção eu as aceitava. De um tempo para cá comecei a não mais aceitar algumas delas. Não me revoltei. Apenas criei algo muito particular que sei que todo mundo tem, mas poucos usam. Opinião. Comecei a questionar. Já me viram como diferente. Garoto problema. A nossa sociedade é repleta de normas, regras, leis. O caralho a quatro. Não estou falando do código penal, não saiam por aí roubando e matando, é melhor vender balas nos ônibus. Acredite, funciona.

Só estou alertando que existem duas opções. Sempre existiu. SIM e NÃO. Automaticamente temos o costume de engolir goela abaixo a primeira coisa que nos aparece. Sem ponderar. Sem medir as consequências. Sem analisar o outro lado da moeda. Depois reclamamos. Só reclamamos. E fazemos o que? Votamos.

22 agosto, 2010

Da boca pra fora

Da boca pra fora dizemos qualquer coisa
Tudo o que se quer naquele momento
É fácil me enganar
Mentir
Omitir
Iludir a você mesma
A mim mesmo
Nós dois
Só não conseguimos fazer isso com nós mesmos
Não há como persuadir a mim
Não posso mudar o que penso
O que sinto
Posso mentir
Esconder
Fazer-te sentir indiferente
Ser insensível
Duro feito rocha
Besteira
Da boca pra fora é fácil
Fácil falar
Fácil fazer
O difícil é quando se está sozinho
À tona
Sempre vem
A verdade
Complicado enganar a mim mesmo
Mas no desespero em que me encontro
É ainda mais fácil do que ceder um pouquinho que seja
Não quero
Eu posso
Não devo
Até preciso, mas não faço
Da boca pra fora
É caso passado
Uma saudade
Um desejo
Uma vontade...

21 agosto, 2010

Lançamento do livro "JORNALISMO POLICIAL: HISTÓRIAS DE QUEM FAZ"

No último dia 14 de agosto, foi lançado o livro "JORNALISMO POLICIAL: HISTÓRIAS DE QUEM FAZ", na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. O evento aconteceu no estande da Editora In House (N31).

Compareceram ao estande no lançamento vários autores do livro, além de atuais e ex-professores da Uniban. Num ambiente de festa e congratulação (sem ironia!), o orgulho de uma batalha vencida - finalmente, depois de 2 anos de espera e nenhum apoio externo, conseguimos concluir um trabalho.

Este é um post em homenagem a todos os colegas da classe que de alguma forma participaram do trabalho.

E um especial abraço à professora e organizadora do livro Patrícia Paixão. Sem fazer disso uma piada pronta, seu sobrenome não conseguiria resumir sozinho a participação da professora Patrícia nesta empreitada.

Um grande abraço a todo pessoal da Editora In House, pela paciência e competência em todo o trabalho.

Ao Maya, pelas ilustrações no livro.

Para finalizar, não poderíamos deixar de agradecer aos jornalistas que participaram com seu precioso tempo, sua vasta experiência e grande paixão (de novo, sem ironia!) pelo jornalismo policial. Nosso muito obrigado!

A todos que, de alguma forma nos ajudaram, um grande abraço e, mais uma vez, muito obrigado!

Claudio Zumckeller e Rodrigo De Giuli, alunos do curso de Jornalismo e coordenadores do projeto editorial do livro "JORNALISMO POLICIAL: HISTÓRIAS DE QUEM FAZ"

Serviço:

"JORNALISMO POLICIAL: HISTÓRIAS DE QUEM FAZ"

Patrícia Paixão (org.) / Vários autores

Ed. In House, 2010, 144pg

O livro "JORNALISMO POLICIAL: HISTÓRIAS DE QUEM FAZ" continua a venda no estande até o final da Bienal. Para adquirir o seu sem visitar a In House ou depois da Bienal, acesse

http://bit.ly/9CnENd

Não se esqueça de dizer no ato da compra que viu no blog 7CISMO

Rodrigo De Giuli

O Boris

Me considero um cara privilegiado
Tenho poucos amigos
Poucos, porém fundamentais
Tenho poucos, mas tenho todos
E tenho os melhores ao meu lado
Já que parente nós não escolhemos, ao menos os amigos nós temos esse direito
E eu os escolhi muito bem
Agradeço a todos vocês
Mas hoje o dia é de um cara em especial
Muito mais novo do que eu
Muito mais cabeça no lugar do que eu
Às vezes parece que é você quem me guia
Um abraço naquele momento triste
O silencio naquele difícil
A alegria nos de maior felicidade
Sempre ao meu lado
Um grande parceiro
E cúmplice
Quantas foram às vezes em que um acobertou o outro
Apesar de em oito anos você não ter dito uma só palavra nos entendemos perfeitamente bem
O seu olhar já me diz tudo
Suas vontades, seus desejos
Suas manias
Talvez em todo esse mundo
Nesses 24 anos de vida
Apenas três pessoas me conheçam tão bem quanto você
Mas eu posso te garantir, ninguém nunca me escutou tanto quanto você
E sem reclamar, hein...
Amigão, oitos anos
Que venham os próximos oito pelo menos
Em um mundo onde cada a dia mais eu ganho um desafeto e perco um amigo
Só você para me aturar por tanto tempo
Acho que se fosse o contrário, eu já teria fugido de casa.

Quando a gente começa a escrever pensando em um cachorro é que a coisa tá feia mesmo. Mas fazer o que se quando eu olho para o lado é ele quem está no chão dormindo!?

19 agosto, 2010

O meu amanhã passou

Nessa vida tudo passa
E para mim você passou
Foi-se embora junto com a grande parte do meu passado
Aliás, não se foi
Ficou nele
Afinal o passado apenas passa
Fica para trás
Deixa um que de saudade, é bem verdade
Puro saudosismo
Tudo se passou
Acabou
Não é que eu queira reviver o passado
Ele está lá
Ainda está
Por mais que o presente faça-se presente
Por mais que o amanhã insista em amanhecer
Não posso apagar
Passou
Ficou no tempo
Não volta
Mas volta?
E se voltar?
O passado se faz presente formando o futuro
O amanhã é feito hoje pelo ontem
Você foi meu ontem
Você é meu hoje
É meu amanhã
Já foi
Passou
Ficou pra trás
Memória
Triste lembrança de um amanhã que não veio
Triste?
Por mim, não por você
O ontem independe do hoje para ser
Eu não fiz por onde
Passou
O trem passou
E eu fiquei parado na estação.

14 agosto, 2010

A mulher da minha vida

Digo isso com propriedade
É verdade, eu sei que outras virão
Mas nunca nos esquecemos da primeira
O primeiro olhar
O primeiro toque
O primeiro tudo
Afinal tudo o que aprendi devo a você
Tenho que confessar que sem você eu não chegaria aqui
Não chegaria a lugar algum
De ti só guardo lembranças boas
Nos momentos mais felizes era você quem estava ao meu lado
Mas não apenas nesses
Nos difíceis também estava ali
Sempre tive uma mão amiga, uma palavra de conforto
Algum momento de carinho
Momentos felizes não faltaram
Mas nem só deles foram feitos a nossa relação
Brigas. Discussões
Periodos sem nos falar
Sem nos dirigir uma palavra sequer
Minutos que viravam dias, que pareciam uma eternidade
Sei que não foi por mal
Muitas delas foram necessárias
Culpados?
As vezes os dois, outra eu. Você
E até ninguém
Mas meu amor por ti é maior do que tudo isso
Nunca a tive como segundo plano
Era sempre a minha prioridade
Longos anos se passaram e nós aqui novamente
Frente a frente
Só você para me aturar
Só você para me colocar na linha, me fazer um homem
Que tudo continue do jeitinho que está
Não peço que melhore, pois não teria graça se tudo fosse as mil maravilhas
Eu te amo desde o que em que te conheci
E lá se vão mais de 25 anos
Que venha os próximos 25, todos
Os próximos por você
O meu amor aumenta a cada dia por você, mãe.

12 agosto, 2010

Um erro

Oi, tudo bem?
Nosso papo hoje vai ser um pouco diferente
Sim, eu gosto de você
Pude sentir que rolou uma química, aquele algo a mais, desde a primeira vez em que te vi
Sei exatamente o que senti e o que sinto agora que falo com você
Eu gosto de você, é sincero
Sei que esta paixão pode evoluir ainda mais
O que estou sentindo pode se transformar em amor
Amor verdadeiro, e da parte dos dois
Não fosse um pequeno detalhe
Detalhes tão pequenos que às vezes nem são percebidos
Detalhe que me fez repensar toda nossa historia
Você mentiu para mim
Talvez um erro cometido por insegurança
Imagino que naquele momento você pudesse estar cheia de dúvidas
Um erro que eu não posso perdoar
Mentiu
Não me contou
Não disse que ele ainda existia
Eu sempre soube de vocês
Relutei
Hesitei por diversas vezes falar com você por causa dele
Vocês tinham uma historia
Eu não poderia mudar isso
Quando acabou, não vou negar, fique feliz
O ponto final que eu tanto esperei
A chance que tanto queria
Ter você pra mim
Me enganei
A nossa história começava
Mas sem que você tivesse terminado a que tinha com ele
Enganou a nós dois
Hoje você me aparece cheia de desculpas, caricias, carinhos, desejos e malícias
Diz que se decidiu
Sua decisão está tomada e a minha também
E não te quero mais
A nossa história acaba antes mesmo de ter começado, melhor assim
O que começa errado não termina bem
Posso estar errando, mas não mentido
Nem mesmo enganando a mim mesmo
Mentis tão bem...

08 agosto, 2010

Dos tempos de escola

Sabia que eu já fui apaixonado por você?
Não?
Pois é, um dia isso aconteceu comigo
Coisas de adolescente.
Você deve se lembrar que eu fazia de tudo para ser notado
Quando conseguia me tornava o moleque mais feliz do mundo
Mas era um momento muito raro, era muito difícil de acontecer.
Odiava quando u outro roubava sua atenção, um ciúme bobo, até inocente.
Demorava tanto para conseguir tê-la e tão fácil era tirada de mim.
Ficava louco
Na verdade ficava apenas um pouco triste, decepcionado
Me sentia um zero à esquerda
E lá ia eu começar tudo de novo, todo o processo para ter seu lindo olhar em direção ao meu.
Agrados eram muitos
Presentinhos, gentilezas, gracejos...
Mas nada, absolutamente nada me fazia virar esse jogo
Até que um dia lhe vi nos braços de outro cara
Foi o fim
Vi ali que você não era para mim
Fiz de tudo para te agradar, mas você me via apenas como um amigo
Não tinha como mudar isso
Resolvi aceitar a situação
Era melhor tê-la ao meu lado, mesmo que como apenas uma amiga
Do que lutar para ter você, perder o jogo e nunca mais ouvir sua doce voz cheia de duvidas virar para o lado e dizer confusa: Renato!?
E lá eu ia todo bobo te socorrer, te ajudar seja com o que for
Problemas de matemática, onde colocar a vírgula no texto, ciências, histórias, geográfica...
Às vezes até Inglês
Dominava toda a matéria e tinha o maior prazer eu te ajudar
Mesmo que fosse para ouvir o quanto estava apaixonada por aquele cara que três meses depois viria a ter abandonar
E deixando triste e vulnerável
Poderia ter ali a minha chance
Mas não o fiz.
Me sentiria um canalha, um aproveitador
Hoje, depois de tanto tempo vejo que fiz o certo
Mesmo não tendo mais sua amizade
Que se foi com o tempo, perdida no passado e nas memórias deste jovem jornalista em formação.

05 agosto, 2010

7cismo na JustTv!



Neste sábado, às 15:00, o pessoal do blog 7cismo, incluindo eu, vai participar do programa Esquina da Cultura, apresentado por Marta Corrêa.

Contamos com sua audiência para espalharmos o 7cismo que falta nos veículos de comunicação.

Sábado, dia 07 - 15:00. http://www.justtv.com.br

Esquina da Cultura: http://www.justtv.com.br/esquinadacultura/

04 agosto, 2010

Apenas um amigo

Eu não tenho amigos
Moro sozinho, se é que dá pra chamar isso aqui de morar
Eu vivo
Insisto todo dia em continuar por aqui, vivendo
Eu não se te explicar como eu vim parar aqui
Não sei o que aconteceu, o que deu errado
Também não fico procurando culpados
Muito menos desculpas
É claro que eu quero outra coisa, uma vida descente e tal
Uma casa
Um lar
Mas enquanto esse dia não me chega faço daqui o meu lar
Muitos me olham, outros me ignoram
Uns tem pena, dó
Outros pensam que estou aqui por que mereço
Não reclamo

Observo tudo e a todos
Já sei quando vai fazer calor ou quando vai esfriar
O frio nem é o pior nessa vida
Eu até me viro para me esquentar
Complicado mesmo é quando chove
Uns, como o cara que está escrevendo este texto, me dão atenção
Não que eu queira muita coisa, me contento com o pouco
Não precisa ter medo de mim, eu não mordo
Faço cara de mal apenas para espantar alguns inimigos
Há quem não goste muito da gente
Eu queria ser seu amigo, mesmo que de mentira
Mesmo que por alguns minutos, às vezes segundos
Eu não tenho ninguém, mas qualquer atenção já me faz feliz
O mais feliz do mundo
Não se importe com o meu amanhã, às vezes ele nunca chega
Eu mesmo já aprendi a viver apenas o hoje.
Sei que você tem um amigão (amigona) em casa, não brigue com ele.
Vocês já passam o dia todo separados, ele só quer um minutinho da sua atenção.
Tudo aquilo que eu não tenho aqui.

O vira-lata que serviu de inspiração para este texto morreu dois dias depois de eu ter o encontrado e escrito este texto. Morreu atropelado. Eu nunca mais vou vê-lo, mas sei que existem muitos outros como ele por ai.

01 agosto, 2010

JORNALISMO POLICIAL: HISTÓRIAS DE QUEM FAZ

Jornalismo policial ganha livro de entrevistas
com seus principais personagens

Gil Gomes, Fernando Molica, Percival de Souza, Marcelo Rezende, Josmar Jozino e Afanasio Jazadji estão entre os 17 jornalistas entrevistados em obra produzida por estudantes do 4º ano de Jornalismo da UNIBAN Brasil.

Um panorama da cobertura policial brasileira no século XXI traçado por aqueles que atuam diariamente nela. É o que oferece o livro Jornalismo Policial: histórias de quem faz, escrito pelos alunos do 4º ano de Jornalismo (2010) da UNIBAN Brasil, com a organização da jornalista e professora Patrícia Paixão. A obra, editada pela In House, será lançada em 14 de agosto na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

Em entrevistas exclusivas concedidas aos estudantes, Percival de Souza, Fernando Molica, Renato Lombardi, Marcelo Rezende, Domingos Meirelles, Luiz Malavolta, Josmar Jozino, Gil Gomes, Robinson Cerantula, Fátima Souza, André Caramante, Bruno Paes Manso, Afanasio Jazadji, Gio Mendes, Fausto Salvadori Filho, Marco Antonio Zanfra e Pantera Lopes debatem os principais méritos e deméritos da área, analisando coberturas famosas como os casos Escola Base, Favela Naval, os ataques do PCC em São Paulo, o assassinato da menina Isabella Nardoni e o fatídico sequestro da garota Eloá Cristina Pimentel, em Santo André.

A ideia do livro surgiu em 2008, a partir de um trabalho que os alunos desenvolveram na disciplina Entrevista e Pesquisa Jornalística, ministrada por Patrícia Paixão. “Escolhemos o jornalismo policial como tema das entrevistas pelo fato de a área ser pouco debatida tanto no âmbito acadêmico como no profissional. Até mesmo no mercado editorial são raros os títulos sobre esse tipo de cobertura”, explica a professora.

Os alunos foram orientados a entrevistar jornalistas que atuam ou atuaram nessa área em todos os tipos de mídia (impressa, eletrônica e digital) e em diferentes etapas da produção jornalística, da reportagem à apresentação (no caso da TV e do Rádio). “Assim pudemos garantir riqueza e diversidade no conjunto de relatos colhidos”, complementa Patrícia.

Entre os conselhos oferecidos pelos jornalistas entrevistados para os que desejam atuar no jornalismo policial destacam-se a necessidade de conquistar fontes fidedignas; desconfiar sempre das primeiras versões do fato; não desprezar, por arrogância, informações vindas de pessoas humildes; ir além da fonte policial; e procurar se especializar, obtendo conhecimento sobre áreas essenciais para esse tipo de cobertura, como o Direito.

Para Rodrigo De Giuli, um dos estudantes coordenadores do projeto editorial do livro, um dos aspectos mais interessantes do resultado do trabalho foi confrontar as visões dos entrevistados sobre questões polêmicas como o uso da emoção no texto e o sensacionalismo. “Para alguns jornalistas, como Gil Gomes, o uso da emoção é essencial. Outros, como Fernando Molica, defendem a imparcialidade. Alguns afirmam que o sensacionalismo é uma muleta do profissional ‘limitado’. Outros consideram que ele é apenas uma forma aceitável de contar o fato”, ressalta De Giuli.

JORNALISMO POLICIAL: HISTÓRIAS DE QUEM FAZ
Editora In House
Mais informações podem ser obtidas no email: historiasdequemfaz@gmail.com