29 novembro, 2010

Disfarce

Sou eu, apenas
Não existe outro
Ninguém
Eu
Assim como é você
Ninguém pode mudar
Como queria contar pra todo mundo
Gritar para os quatro cantos do mundo que sou eu, que é você
Que somos nós
Falar do nosso...
Nosso segredo?
Queria poder te olhar nos olhos
Olhar para você sem ter que me preocupar com os outros
Sem ter que disfarçar e fingir que não é com você
Suprimir meus pensamentos, calar meus desejos
Impor limites a minha imaginação
Deixar de te querer nos momentos mais difíceis, aqueles que estou com você
Tratá-la com indiferença quando na verdade queria estar ao teu lado
Fazer o sim virar não e o gostar...
Bem, este eu não consigo explicar como disfarço, se é que o faço
Deve ser coisa de momento
Aos pouco começo a tirar essa máscara, este disfarce que visto toda vez que te vejo
Mas tem que ser aos poucos
É claro que gostaria de ter feito há tempos
Mas tenho muito a perder
Mais a perder que a ganhar
Sim, pesei todas as possibilidades e riscos
Ainda não vale a pena
Eu espero. Te espero
Resta saber o contrário.

24 novembro, 2010

Nós

Surpreso em me ver?
A minha também não foi pouca quando me vi chegando aqui
Sei que me disse para nunca mais
Que errei e continuo errado
Mas não sei como cheguei aqui
Fechei meus olhos
Aqui estou
Não vim à desculpas
Tampouco para discussões
Nem sei o que faço aqui depois de tudo
Talvez tenha me habituado a correr para cá todas às vezes que queria fugir do mundo
Das loucuras do cotidiano
E da insanidade que me faz vivo
Meu porto seguro
Quebrei a confiança
Joguei fora todas as chances
Nem eu mesmo sei de mim
Sabes mais sobre mim que eu mesmo
Eu que pouco sei o que fui, o que sou, quem serei
Ou o que quero
E agora o que faço?
Pergunto a mim mesmo
Não quero entrar
Seria inútil tentar
E recomeçar
De novo
E outra vez
Novamente
O que se perdeu, o que me perdeu, o que perdi
Me perdi
Talvez tenha que me entender
Esquecer. Deixar de depender tanto de você
Conversar um pouco mais
Comigo?
Com nós
Eu, eu mesmo e eu.

21 novembro, 2010

Escolhas

Um romance que nem começou
E se acabou
Quando me queria não te quis
Quando resolvi correr atrás do prejuízo me parecia tarde e não fui
Achava que não tinha esse direito
Era meio que brincar com seus sentimentos
Te fiz me esquecer para depois tentar ficar com você?
Não podia, não era certo
Bom, agora é tarde para me arrepender
Esse foi meu erro
Não tentar
Não me arriscar
Nem ao mesmo te procurei
Talvez tivesse medo da sua resposta, da sua reação
Não sei se é isso
Eu não me achava no direito de fazer isso com você
Aí comecei a te evitar.
Quando te via até rolava um sentimento, mas eu me lembrava daquilo tudo.
Iria me sentir um sacana, um cafajeste, sei lá...
Aí quem tinha que esquecer era eu.
Te evitei tanto que acabei te perdendo
Perdendo o contato, e talvez até uma grande amiga
Sei que nunca é tarde
Mas o que fazer?
Pedir para um dia, quem sabe, nos encontrarmos
Saber o que de fato ainda sentimos um pelo outro
Ou pelo menos uma boa conversa para se lembrar das coisas do passado
Boa escolha?

20 novembro, 2010

Uma noite

Se bem me lembro era véspera de Natal
Devíamos ter 16 ou 17 anos
Talvez o auge da adolescência
Recordo que já havia estado em casa outras vezes
Que havíamos conversados por horas
Vários dias
Mas aquela noite parecia diferente
Você, mais do que nunca, estava decidida
E convicta do que queria
E veio buscar
Já era tarde, passava-se das 23 horas
Já não esperava mais ninguém
Minha mãe já estava por colocar a mesa
Iríamos jantar
Mais que subitamente a companhia tocou
Juro que já não esperava
Surpreso fiquei quando a observei em meu portão
Minto, não era você
Era sua amiga, que me pedia para descer
Queria me dizer algo
E lá fui eu
E qual surpresa a minha ao te encontrar
Devo ter te chamado de louca
De fato era uma maluquice
Adorável, é verdade
E inesquecível até
Conversamos por poucos minutos
Apenas na hora da despedida descobri o que de fato a motivou estar ali naquele momento e naquela hora
Um beijo, apenas isto
Que me roubara, e até hoje não me devolveu.

16 novembro, 2010

Telefonema

Na mão um pedaço de papel
Nele o seu nome e logo abaixo oito números
Seu telefone
Olho para o celular, ele está assustador
Parece que se tocá-lo irá devorar minha mão
Tento uma, duas, três vezes
Enfim tomo coragem e seguro o aparelho
Olho mais uma vez para o papel
É tão simples, apenas discar
Mas não é tão fácil como parece
Disco o primeiro número, o segundo
O terceiro, e paro
Sequer consigo digitar o quarto número e desisto
O que está acontecendo comigo?
É só um telefonema
Deixo o celular e pego o telefone
Por mais de quatro vezes fiquei escutando o sinal de linha, até cair
Olhando para os números que parecem se misturar
Por que é tão difícil?
Minhas mãos já tremem, não sei por que
Consigo enfim discar os oitos dígitos
Ao primeiro toque desligo
Me sinto tão infantil com esta situação
Tão impotente
Beira o ridículo
Agora está mais fácil, o número já foi memorizado pelo aparelho
É só discar
Um toque, dois toques...
Três. Quatro
O quinto e... Alô?
Não era sua voz
Você já não estava mais em casa
Saíra há poucos minutos
E lá vou eu recomeçar este martírio de tentar te ligar novamente em outro momento
Era para ser tão simples.

13 novembro, 2010

O Passado - parte 4

E a cada dia que se vai aumenta o meu desejo, só penso em você. Eu quero sentir sua boca em mim e poder te abraçar um abraço sem fim, está mais que na cara que eu preciso de você. Afinal você foi embora com meu coração, e deixou no lugar um vazio, uma dúvida. E só de saber que vou ter outra noite, uma triste noite, a solidão me apavora.

Se fui o culpado me perdoa. Sei que os meus sentimentos não trarão você para mim, e só de pensar eu me arrependo, e assim eu não aguento.
O melhor lugar do mundo é onde nós nos sentimos bem, e eu me sinto bem ao seu lado.

11 novembro, 2010

O Passado - parte 3

Desta vez estou sendo sincero, como nunca tinha sido. Desta vez eu abri meu coração, para enfim dizer (quase) tudo o que estava guardado. Mas só te peço uma coisa desta vez: Me responda! Ou ao menos ligue para esclarecer de uma vez por todas esta situação.

Se tua vontade for a de sermos apenas bons amigos, assim será, seremos grandes amigos como sempre fomos, ou se rola algo de especial entre nós.
Se estiver em duvidas e não souber o que responder, diga que serremos apenas bons amigos, assim vai ser melhor para todos, principalmente para mim. Não agüento mais essa duvida, agora é sim ou não. Por favor.

09 novembro, 2010

O Passado - parte 2

Aquela noite de sábado, apesar de não me lembrar de muita coisa, de você eu me lembro muito bem. Lembro até que me roubou algo, e que eu quero de volta, afinal você roubou. E roubou sem saber que ele já era seu há muito tempo.

Sei que as diferenças entre nós são muito grandes, mas barreiras são para ser quebradas, e se um dia alguém disse que os opostos se atraem, é por que é verdade, afinal se com as pilhas e baterias funcionam, por que com nós não?

Sei que até hoje minhas pretensões foram vans, mas quem sabe não consigo, afinal água mole em pedra dura...

07 novembro, 2010

O Passado - parte 1

Eu queria te encontrar novamente, só para pode me desculpar com você. Das mancadas que dei, das besteiras que fiz e falei, das vergonhas que passei e te fiz passar. Queria olhar nos teus olhos, não para prometer ou jurar nada, mas apenas para ficar ali, parado, pensando como é bom ter você ao meu lado.

Da ultima vez que nos encontramos ficou uma impressão muito ruim sobre mim, e parece que depois daquele dia o seu conceito sobre mim mudou, por mais que você diga que não é difícil acreditar, parece que agora você foge de mim.

É medo do que? Medo de se aproximar de um cara como eu? Medo de se apaixonar e depois ser descartada? Não sei. Só sei que não é do meu caráter, nem do meu feitio, fazer isso com as pessoas, ainda menos com você.

06 novembro, 2010

Se...

Se me perguntarem por datas, não me lembro
Se quiserem mensurar a saudade, não sei o tamanho
Se tentar explicar os motivos, não saberei o porquê
Se te encontrasse ainda hoje não saberia o que dizer
Se ficar aqui esperando não vai acontecer
Se falares comigo, não terei o que explicar
Nunca é tarde, desde que se faça
Falo sempre o certo, mas nos momentos errados
Fazendo a coisa certa nas horas erradas
Com palavras erradas numa frase certa
Queria ser mais gentil, mas essa não é a palavra
Nem é de gentileza que estou falando
Talvez atenção. Zelo? Putz... Não sei mesmo
Esmero? Acho que por aí, ou não?
Preciso de um dicionário
Não encontro palavras para me expressar
Minhas frases feitas já não surtem o mesmo efeito
Todo meu vocabulário agora é tão escasso
Talvez minha omissão fale por mim
Não tenho mais nada a dizer
Talvez se... Talvez.

05 novembro, 2010

Devaneios

Afinal o que são os sonhos?
Sonhos não se realizam
Sonhar é falso, ilude
É tudo mentira
Não passam de uma fantasia
Mas são ótimos quando são com você
O chato mesmo é acordar
Olhar para o lado e não vê-la
Abraçá-la e acordar com o travesseiro nos braços
São devaneios
Minha mente tentando realizar meus desejos
Não que seja sempre bom
Mesmo por que quase nunca os entendo
Diversas foram às vezes que acordado sonhei
Mas com a desvantagem de não acordar
Uma ilusão momentânea não faz mal a ninguém
O problema é viver dentro dela.