20 março, 2018

Déjà vu

Se a cabeça não esta boa, nada mais estará.
Tudo o que tenho produzido tem sido mal feito, já não interajo com as pessoas, já não converso, já não as felicito. O quarto tem sido mais que um refúgio, é quase uma trinxeira e o entorno não me agrada mais. Vontade de sair, sumir, fugir. Andar sem rumo, sem sentido. Sentido esse que perdi também. Vontade de que? Impressionante como tudo muda tão rápido, há poucas semanas era o cara mais feliz do mundo e agora isso, não suporta se olhar no espelho. Do sucesso ao fracasso em dois instantes. O que mudou? De verdade? Nada! É tudo fruto de uma mente doente. Ela vê, ela faz, ela inventa. Por mais que os olhos vejam o lado belo da vida, a cabeça já não processa mais assim. É tudo turvo, negro, escuro, frio, feio, assustador. Nada é novo, nenhuma novidade até aqui, tudo é conhecido. Apenas revivo situações, momentos. Mas conhecer não significa saber lidar. Pensei que fosse e me enganei redondamente. Redondo como essa redoma que coloquei em torno de mim. Me livra de muita coisa, é verdade. Mas me impede de viver outras que talvez me ajudassem a sair daqui. É como um buraco com escadas, não caí aqui, eu desci. Desci aos poucos e fui me acomodando, a escada continua ali, é só sair. Até consigo, mas não sei se quero. São dias estranhos. Outros virão pela frente. Como sei? Já disse que nada é novidade, é um déjà vu
a cada dia.

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