25 maio, 2011

Dona de mim

Você me deixa louco, me tira do sério
Me faz perder a cabeça
Fazer e dizer coisas que sem ti nunca faria, nunca diria
Me torno outro junto de ti
Somos uma dupla e tanto
Mas no fim sou eu quem sempre leva a pior
Acordo largado, jogado num canto
Sozinho
Me deixa pra trás, se esquece de mim
E mesmo assim eu volto, procuro novamente seus braços
Seu colo quente a me acolher
Me pede para entrar e sem pudor algum eu te possuo
Submissa
Me deixa no controle
Me engana
Sou teu dono e você na espreita, louca para virar o jogo
E vira
Me vence
Me deixa prostrado, caído, humilhado no chão
Aos seus pés, suplico mais um dose
E você me rejeita
Tão dona de mim
Me coloca na cama e às vezes nem nela, nunca canto no chão frio ou no desconfortável sofá da sala
E eu acordo ainda sonado, aos prantos, com a cabeça a explodir
Sozinho, ainda sob seus efeitos
Defeitos
Levanto
Juro nunca mais te procurar
Sou fraco
No mesmo dia já estou lá, de quanto a sua espera
Sempre rainha, soberana e dona de mim
Mais uma dose, é claro que eu estou a fim
Seco a garrafa para fugir e lá é você quem eu encontro
E isso se torna um circulo vicioso
Eu fugindo e te encontrando
Você me ignorando e me aceitando
E eu jurando nunca mais me embriagar.

Imagem: A vida, etílica, é melhor de João Werner

2 comentários:

  1. Nossa historia é sempre assim !
    viva a santa pinga , wiskey's , cervejas(brahma)
    dentre outras coisas que agente bebi que nem sabe o nome , a melhor Homenagem depois do texto é tomar uma !
    haha

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  2. a noite nunca tem fim, por que que a gente é assim ?

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